Levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria - ONI, núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria - CNI, aponta que a economia criativa vai gerar um milhão de novos empregos no Brasil até 2030.
Hoje a economia criativa tem participação de 3,11% no Produto Interno Bruto, gerando 7,4 milhões de empregos no Brasil - os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, órgão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Se a expectativa se confirmar, o setor deverá estar gerando 8,4 milhões de empregos em 2030. A estimativa da ONI é de que as profissões que estão relacionadas à economia criativa terão um crescimento significativo até o final da década. As profissões da economia criativa estão em setores como empreendedorismo, indústria, serviços e setor tecnológico.
O levantamento mostra a realidade da economia criativa como um atrativo para novos trabalhadores, uma vez que os profissionais desta área têm salários em média 50% superiores aos de profissionais de outras áreas. Em contrapartida, são profissionais que possuem, em média, 1,8 ano de estudo a mais que os demais.
O Observatório Nacional da Indústria chama a atenção para o fato de que está em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei 2.732/2022, que cria a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa. O projeto prevê, entre outras medidas, parceria entre empresas e universidades para qualificação profissional; desenvolvimento de infraestrutura para as dinâmicas econômicas dos setores criativos; promoção e fortalecimento de ecossistemas de inovação em territórios criativos para o desenvolvimento local e regional. O projeto coloca em evidência o setor da economia criativa, regula melhor essa atividade, torna mais clara a questão de parcerias entre universidades e empresas, aborda investimento em infraestrutura, com fundos mais destinados ao setor, bem como políticas públicas.
Fonte: Varejo S/A