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Selo Funcional foi apresentado em evento da área da saúde

Selo Funcional foi apresentado em evento da área da saúde 04 OUTUBRO

O Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos - IBTeC participa da primeira edição da feira Health Meeting - Business & Innovation com estande institucional e a realização de um painel, durante o qual a gerontóloga e fisioterapeuta, Juliana Wilborn, que trabalha no Laboratório de Biomecânica da instituição, apresentou a certificação Selo Funcional criada para avaliar a funcionalidade de produtos e serviços, levando em consideração a adequação destes para o consumo/utilização de pessoas na faixa etária acima dos 60 anos.

A feira acontece de 2 a 4 de outubro, no prédio 40 na PUC/RS, com o objetivo de trazer oportunidades de negócios e networking para o desenvolvimento do setor da saúde. Direcionado para executivos e gestores de hospitais e clínicas, médicos, enfermeiros e demais profissionais e empresários da área da saúde, o evento, segundo os organizadores, busca fortalecer o setor através da promoção de conhecimento, geração de negócios e acesso às últimas tecnologias.

Durante a sua fala, a especialista destacou quais são os objetivos desta certificação, como são realizados os testes e apresentou diferentes casos de produtos já testados e aprovados pela metodologia criada para a certificação, além de convidar as empresas a testarem seus produtos e serviços. “A ideia é posicionar o idoso como protagonista, uma vez que ele geralmente é esquecido pelo mercado. Tem-se muito claramente a infância como uma parte importante para o desenvolvimento humano e em virtude disso foram criadas normas para os produtos e serviços direcionadas ao público infantil. Mas a outra ponta do processo da evolução humana, onde estão as pessoas longevas, e que igualmente estão fragilizadas quanto à funcionalidade do seu corpo, passa despercebida”, contextualizou Juliana.

Alertando para o fato de que justo no momento em que essas pessoas já não têm mais o vigor físico, ninguém está olhando por elas, Juliana reforça que a proposta é adequar os produtos para que eles possam ser usados ao longo da vida e não somente até uma certa etapa. “É importante ter bem claro que esta não é uma certificação para produtos exclusivos para pessoas idosas, mas se trata de um trabalho que busca conscientizar as empresas para que adequem os seus produtos normalmente usados por pessoas mais jovens, para que estes atendam às necessidades das pessoas em todas as idades”, reforça a gerontóloga.

 

Apresentação de casos

Para que a plateia tenha uma ideia do que pode ser avaliado, a palestrante apresentou três casos de diferentes tipos de produtos já avaliados e certificados (um livro, uma garrafa de azeite e uma bengala). Na análise do livro, foram avaliadas questões como o peso, a adequação do papel, para que não corte a pele com facilidade, a suavidade da cor da página para não agredir os olhos refletindo luz e o tamanho da fonte para facilitar a leitura. A garrafa de azeite foi analisada a partir de questões como a boa visibilidade das informações no rótulo, a fácil identificação do conteúdo, o peso, além de aspectos como se o formato da embalagem facilita a empunhadura, se o lacre rompe sem a necessidade de empregar muita força ou recorrer a algum objeto cortante/perfurante, como faca, por exemplo. O terceiro produto exemplificado, a bengala, foi testado desde o seu manual de uso - o qual foi analisado quanto à clareza das informações, o tamanho da fonte, a adequação das cores utilizadas para as informações, entre outros aspectos. Além disso, se avaliaram aspectos como se a funcionalidade do sistema que adapta esse dispositivo de marcha para diferentes alturas é de fácil manuseio, buscando verificar se o mesmo oferece segurança para usuários de diferentes faixas etárias, mantendo a estabilidade, bem como se o equipamento realmente ajuda a pessoa a se locomover com mais segurança e facilidade.

“Todos esses produtos foram testados por pessoas com idades a partir dos 65 anos”, destacou Juliana. O que se busca, mesmo com o avanço da idade, é que as pessoas não parem de fazer as atividades que faziam antes, mas continuem ativas e se sentindo úteis e integradas às suas famílias e à sociedade. Ela ainda comentou que as empresas estão começando a perceber que o mercado consumidor mudou, e que o público 60+ corresponde a uma grande faixa de consumo e por isso olham com mais interesse para este grupo de pessoas, o que, na sua avaliação é bem positivo.

 

Crédito da foto: Luís Vieira

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